(ENEM PPL - 2023)
TEXTO I
Páscoa Vieira (século XVII) Nasceu em Massangano, no interior do atual território deAngola, em 1658, filha de cativos, sendo ela própria serva de uma senhora chamada Domingas de Carvalho, que a batizou e realizou o seu casamento com outro cativo da mesma propriedade, de nome Aleixo. Em 1695, foi vendida e embarcada para Salvador. Anos mais tarde, estabeleceu relações conjugais com o cativo Pedro Ardas, motivo pelo qual no ano de 1700 foi denunciada à Inquisição de Lisboa.
Disponível em: www.ufrgs.br. Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Páscoa possuía várias culturas, duas línguas (o quimbundo e o português). A cultura africana de sua infância e juventude foi pouco evocada no processo; em contrapartida, demonstrou um conhecimento aprofundado do catolicismo romano. Seu marido na Bahia vinha de outra África, diferente da sua, de um universo cultural e linguístico diverso. Ela morava em Salvador, mas seu destino foi decidido em Lisboa, sede do tribunal que a condenou e iria modificar o curso de sua vida.
CASTELNAU-L’ESTOILE, C. Páscoa Vieira diante da Inquisição: uma escrava entre Angola, Brasil e Portugal no século XVII. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020 (adaptado).
Qual a relevância do estudo das relações de poder apresentadas nos textos?
Expor o legado de uma líder.
Confirmar a condição de liberta.
Denunciar o caráter de uma pagã.
Retirar a personagem do anonimato.
Apresentar a inclusão dos povos conquistados.